A Caminho da Sala Escura

Aos amigos que acompanharam a construção de mais esse livro, o aviso de que sua versão para iPad, iPhone e Macbook está na área, como aponta a figura, via aplicativo iBook da Apple. A versão disponibilizada é gratuita. Essa é uma forma que utilizarei nesse 1o Volume para incentivar a leitura. Ninguém vai poder dizer que falta dinheiro para comprar livros. Essa estrada com percurso de 2 anos e meio, resulta de uma frequência nas salas de cinema, para assistir uma média de 3 filmes por semana, um bom exercício. As idas e vindas a esse lugar, onde a vida se apresenta com possibilidades tão enriquecedoras, passou por diversas fases. Foi motivo para evitar durante a semana os engarrafamentos, após um dia exaustivo de trabalho, foi objeto de uma vontade de um dia me tornar crítico de arte em geral, tal qual meu grande mestre Mário Margutti, ou limitar ao cinema minha atenção maior nesse campo, atualmente morto. Afinal, vivemos numa atmosfera onde todos podem ser críticos. Há crítica até em demasia. Como escrever sobre cinema e não cometer o pecado capital de ser spoiler? Optei pela literatura, do ponto de vista de uma realidade ampliada que não fosse a dos aplicativos de smartphones. Percorrer o cotidiano e suas vivências, que circundassem a sala. Foi nesse lugar que nasceu o livro. Sua capa, pela impossibilidade financeira na época de contratar Cecília Jucá, minha artista de livros preferida, acabou saindo de um improviso onde uma boa parte dos bilhetes dos filmes que assisti no Brasil foram colados numa tampa de madeira de uma mesa velha, para entre as festas de Natal e Ano Novo de 2018 serem pintadas, como se fossem bandeirinhas de uma festa junina. Aproveito para render minha homenagem a um grande nome da crítica de cinema do Brasil, Rubens Ewald Filho, cuja voz e presença durante toda minha vida, nas inúmeras noites da entrega do Oscar, se confundem com as trilhas sonoras dos filmes que comentou. A sala é escura, mas o projeto é de luz.